Escola terá projeto para substituir árvores cortadas
21 de Julho de 2023
De uma área total de 5.000 metros quadrados, ela disse que 2.000 metros poderão ser usados para área verde.
A queixa da comunidade da Escola Municipal Professora Ana Maria Ribeiro, no bairro Polivalente, envolvendo o corte de árvores voltou ao debate hoje, 19 de julho, na Câmara Municipal de Passos, quando a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo ouviu as secretárias de Educação e de Obras. Professores e pais de alunos também foram ouvidos. Houve consenso segundo o qual árvores e vegetação que foram retiradas vão ser substituídas.
A secretária de Educação, Rosa Beraldo, disse que existe o compromisso da Prefeitura para o plantio de novas mudas em espaço livre, que estará reservado na área em que a Escola estará dividindo com a construção do Cemei Hilton Rosa da Silva. De uma área total de 5.000 metros quadrados, ela disse que 2.000 metros poderão ser usados para área verde.
O assunto entrou no debate da Câmara na segunda-feira, quando a comunidade escolar buscou os vereadores para reclamar que a decisão da Prefeitura de construir uma nova escola no local levou por chão todo o projeto ambiental trabalhado pela Escola. Houve indignação pela derrubada de árvores, inclusive frutíferas.
A Comissão de Educação da Câmara Municipal marcou a nova reunião de hoje, 19 de julho, buscando uma solução. A reunião foi convocada pelo presidente da Comissão, vereador Maurício Silva. A professora Gisele ressaltou que ninguém é contra a construção do Cemei, mas que há o inconformismo pelo corte das árvores. A diretora Luciahelena disse que se esperava um entendimento e que a polêmica poderia ter sido evitada se a comunidade tivesse sido ouvida.
De acordo com a secretária Rosa Beraldo, a região do Polivalente carece de uma nova escola e a Prefeitura não conta com áreas no local, lançando mão de usar parte da Escola Ana Ribeiro, dado ao espaço do terreno. Ela disse que parte das árvores foi preservada, que algumas foram derrubadas porque já estavam mortas, mas que toda a vegetação vai ser recuperada.
O vereador Edmilson Amparado, disse que a Câmara aprovou recursos no ano passado para a construção de novas escolas, mas que no caso específico o projeto votado tratava de novos estabelecimentos para os bairros Penha e Santa Luzia. O vereador Michael Silveira criticou o que chamou de falta de habilidade da administração em todos os momentos, porque o diálogo poderia ter evitado o conflito. Na mesma linha o vereador Luis Carlos/Dentinho, disse que faltou diálogo por parte da administração e que é preciso agora se reparar um dano.
A presidente da Câmara, Aline Macêdo, afirmou ser indiscutível a necessidade de implantação de uma nova unidade escolar no bairro e que, diante da preocupação de se preservar sempre a parte ambiental, novos projetos devem ter o cuidado de minimizar os impactos.
Segundo a secretária Rosa Maia, as famílias do bairro vão ser convidadas para o plantio de novas mudas no estabelecimento. Participaram também da reunião os vereadores Dirceu Soares, Gilmara Oliveira, Alex Bueno e Francisco Sena.
