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Debate reforça necessidade de ações em conjunto contra a dengue

19 de Abril de 2007

        Com um público de mais de 60 pessoas, formado sobretudo por profissionais de saúde, a Câmara Municipal de Passos debateu na noite de quarta-feira (18 de abril) a situação da dengue na cidade. O debate teve o objetivo de levantar propostas para conter o avanço da doença e reforçou a visão de que a mobilização deve ser conjunta, entre os poderes públicos e a sociedade civil, com ações preventivas, para conter a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

 
        O prefeito Ataíde Vilela fez questão de participar do debate, comparecendo acompanhado do secretário municipal de saúde, Gilberto Kirchner Mattar, do diretor do Departamento de Saúde Coletiva, Hélvio Vieira Maia; do chefe do Núcleo de Zoonose, Cássio Santos, e de mais profissionais que compõem os setores envolvidos com a questão.

        Usando um telão para falar sobre a área técnica, o responsável pelo Núcleo de Controle de Zoonose, Cássio Santos, disse que são 10 os casos confirmados de dengue em Passos – sendo que destes 2 importados (o paciente se contaminou fora). De acordo com ele, no ano passado foram 7 o número de casos, todos importados. Cássio discorreu sobre as estratégias de combate que têm sido executadas, atribuindo o crescimento do número de casos às chuvas intensas do começo do ano.

        O diretor Hélvio Maia destacou o fato da cidade ter grande fluxo migratório, afirmando que por isso sempre o risco existiu e ressaltou o empenho da equipe da Zoonose nas medidas de prevenção. O vereador Marcos Salutti, depois de lembrar que a dengue tornou-se problema sério em todo o Brasil, sugeriu a organização de um mutirão de limpeza na cidade, onde todo o entulho que contribui para a proliferação do mosquito possa ser recolhido.

        Salutti disse que a Prefeitura pode nesse sentido conseguir a parceria com produtores rurais, que emprestariam os tratores. O prefeito Ataíde Vilela gostou da proposta do mutirão, idéia que ele considera “inteligente” nem tanto pelo lado prático, mas pelo efeito da mobilização da comunidade.
 
        Para o vereador Alexandre de Almeida, a Prefeitura tem que tomar consciência da gravidade do problema, dizendo que em 2005 a administração havia sido alertada sobre o risco do crescimento dos casos da doença. Alexandre questionou também sobre os repasses de recursos para o setor. Por sua vez, o vereador Hilton Silva disse considerar importante a união de todos setores, com idéias novas, para enfrentar o problema.
 
        O vereador Waldemar Ribeiro acredita que há muito barulho sobre a questão, depois de lembrar que o número de casos é baixo na cidade, se comparado com outras cidades e que a dengue hoje é um problema nacional. Waldemar acredita que há gente querendo tirar proveito político da questão. Em sua fala, por sua vez, o vereador Sebastião Bacada conclamou a união de forças, apoiando a idéia do mutirão de limpeza.
 
        Para o secretário Gilberto Mattar, a cidade não está imune à dengue, lembrando que 10 anos atrás já ouvira de um especialista que estivera na cidade que Passos tinha que ser considerada zona de altíssimo risco por causa da proximidade dos canaviais. Segundo ele, a cana facilita a proliferação do mosquito Aedes e que em todo o tempo sempre houve um combate efetivo no município.
 
        O presidente da Câmara, vereador Nivaldo Chaparral, considerou positivo o resultado do debate, destacando que além dos profissionais da saúde, diversas outras pessoas da comunidade estiveram presentes, demonstrando interesse.
 


SDLP/jpe
020/2007
19/04/07

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